sexta-feira, 13 de maio de 2011

....e as flores?

Antes ele sempre me mandava flores.

O motivo? Não precisava de motivo. Talvez porque estava com saudade naquele momento e veio na cabeça a vontade de mandar flores...ligava na floricultura de costume, ou entrava na mais próxima e lá escolhia cuidadosamente uma flor, uma cor, um perfume. Anexava um cartão escrito de próprio punho com poucas palavras, mas palavras suficientes pra externar o amor que sentia por mim...

E não precisava de muitas palavras. Sabia usá-las muito bem, encaixadinhas o suficiente pra fazer meu coração pular no peito, pulsar na boca, tremer as mãos. Meu espírito enchia-se de um sentimento inexplicável, tão bom e tão grande que parecia que ia explodir dentro de mim.

Isso na época de namoro. Depois quando estávamos recém-casados, e apesar de ouvir de todos que isso acabaria logo, não acabou. Daí veio nossa filha mais velha, e continuou...passaram-se cinco , oito, dez anos e continuava todo aquele carinho. Veio então nossa segunda filha, e as flores chegavam sempre.

Mas um belo dia isso acabou. As flores não sabiam mais trilhar o caminho da minha felicidade. Veio o dia das mães, o meu aniversário, e todos os outros dias do ano que não precisavam de motivo e, nada! Nenhuma flor, nenhum cartão, nenhuma campainha tocando com um mensageiro portando um vaso de flores... Quando nasceu nosso filho caçula, não me lembro de ter recebido flores...

Hoje ele briga sempre comigo

O motivo? Não precisa de motivo. Talvez porque há muito barulho na casa porque as crianças estão brincando ou até mesmo brigando, ou porque bateu um stress naquele momento e veio na cabeça a vontade de brigar comigo, ou com uma das crianças... um grito seu, uma intolerância em relação a coisas tão insignificantes... e não precisa nem usar palavras, basta uma atitude bruta por conta de tão pouco para traduzir e externar o seus sentimentos...

Com lágrimas no olhos, dor no peito e no coração, procuro o reflexo daquele amor, o perfume e as cores daquelas flores... minhas mãos tremem, minha alma esvai-se...

Ainda respiro fundo na esperança de que essas nuvens negras um dia dissipem e o sol volte a brilhar no meu céu e as flores voltem a enfeitar meu caminhar...

Crisane

12/11/2011

terça-feira, 10 de novembro de 2009

Não sofra tanto, as feridas cicatrizam com o tempo

Existem momentos na vida em que pessoas nos ferem, e não sabemos nem exatamente o porquê. Não podemos controlar a fraqueza dos outros. Existem pessoas que só se sentem bem fazendo o MAL às pessoas decentes, disseminando a discórdia.

Muitos não a conhecem o suficiente pra saber quem você realmente é, talvez não tenham nem a capacidade de discernimento para saber separar o que é verdade ou mentira, o que é certo ou errado, do que ouvem a seu respeito. Talvez ainda nunca irão ter o privilégio de conhecê-la realmente.

Não há problema. Pior pra elas. O importante é você continuar sendo você mesma, com toda essa alegria, energia e brilho que sempre irão iluminar e contagiar os lugares por onde passa, e as pessoas com quem convive, e infelizmente também incomodar pessoas mais frágeis. Não será a única vez que isso vai acontecer.

Ao longo da vida, encontramos espinhos que nos ferem, mas as feridas cicatrizam, e muitas vezes até esquecemos que um dia elas existiram.

Você tem um passado e um presente brilhantes. E terá também um futuro brilhante, apesar das dificuldades que estamos vivendo no momento. Vamos superar essas dificuldades.

Muitos vão ler esse texto e se identificar com ele. Se sentirão como você, porque também vivenciaram experiências desagradáveis com pessoas que se aproximaram dizendo-se amigas, mas que depois afastaram-se sob o pretexto de que você era uma pessoa falsa. Você tem seus defeitos – que não são muitos – mas com certeza falsidade não é um deles. Pelo contrário, é muito autêntica, muito firme no que pensa, diz e argumenta. Por isso tem tantos amigos, amigos de sempre, amigos antigos, amigos que passarão a vida inteira sendo seus amigos, mesmo que estejam distantes fisicamente.

Existem pessoas que ao ler minhas considerações talvez repensem alguns conceitos em suas vidas. Abram os olhos da cegueira que os impede de enxergar a realidade e contemplar o horizonte. Existem outras que talvez riam de tudo isso, riam porque conseguiram o objetivo de te ferir. Pessoas que se acham espertas. Tão espertas que não tem vida própria, nem luz própria, queriam viver a vida do outro, e como não podem, roubam-lhe algumas migalhas e sentem-se felizes com isso. Coitadas. Tolas. Pobres de espírito. Não conseguiram nem entender a mensagem...

Não perdemos aquilo que nunca tivemos.
Amigos de verdade são para sempre.

Fio da meada

Decidi que vou começar a escrever meu blog hoje. Bem, tô aqui. Quero escrever sobre coisas cotidianas, experiências próprias que muitas e muitas outras pessoas vivenciam também. Felicidades, tristezas, surpresas, sonhos, lutas, desabafos, críticas, palavras amigas, coisas assim.

O primeiro texto é sobre o que minha filha me contou sobre umas pessoas que se aproximaram dela dizendo-se amigas, mas que depois passaram a tentar ridicularizá-la perante a turma de sua sala de aula. Como eu já vivi coisa parecida no trabalho e sei que muita gente passa coisa igual, resolvi falar a respeito. Minha filha é adolescente, focada nos estudos, mas também é desligada como toda garota da idade dela, vai a praia, reúne-se com as amigas no shopping e em festas, fica no MSN e no orkut - agora tá no twitter também - curte as músicas que tocam hoje nas rádios - que eu particularmente não gosto de metade delas, e daí por diante.

Acho que ela passou por uma das primeiras decepções da vida dela com o ser humano e a infeliz capacidade que ele tem de gostar de desestruturar uma pessoa, de chateá-la, vê-la magoada. Os fins, não sei exatamente quais são, mas imagino que muita gente gostaria de ser como minha filha: cheia de vida, alegria, garra, boa vontade, fé, e mais uma infinidade de qualidades que ela esbanja em suas atitudes.

Tenho ainda uma outra filha de sete anos - a sonhadora - e um filhinho com três anos e meio, o sapeca. Tenho meu marido, que no momento está envolvido com muito trabalho e muito cansaço. Tenho meus irmãos, tios, primos, afilhados, outros parentes e amigos. Não tenho mais meus pais: ainda vou contar essa história também.

O primeiro texto vou postar logo após este.
Bye.